Em 2020, 25% da população da UE terá mais de 65 anos. Para dar resposta a este crescente desafio demográfico, a Comissão europeia aprovou hoje um plano que pretende «tornar a Europa um centro para o desenvolvimento de tecnologias digitais que ajudem os idosos a manter uma vida autónoma em casa» .
A Comissão disponibilizará assim cerca de 150 milhões de euros para financiar um novo programa comum de investigação europeu, no qual Portugal vai participar, elevando assim o investimento total acima dos 600 milhões de euros. Com este novo programa, as empresas poderão desenvolver produtos e serviços digitais para melhorar a vida dos idosos em casa, no local de trabalho e na sociedade em geral.
Dispositivos inteligentes para reforçar a segurança em casa, soluções móveis para a monitorização de sinais vitais e interfaces conviviais para as pessoas que sofrem de deficiências visuais ou auditivas são alguns dos projectos anunciados. «Não há razão para que os idosos na Europa fiquem excluídos dos benefícios das novas tecnologias. As soluções e os serviços resultantes deste programa ajudá-los-ão a manter-se activos na sociedade e a conservarem os seus contactos sociais e a sua autonomia por mais tempo », afirmou a Comissária Europeia para a Sociedade da Informação e os Media, Viviane Reding.
«Este programa ajudará as empresas europeias a responder melhor às necessidades dos nossos idosos, criará novas e grandes oportunidades de negócio e oferecerá soluções que ajudarão as autoridades públicas a tornar os nossos sistemas de saúde e de segurança social sustentáveis no futuro », concluiu .
Estima-se que, nas próximas décadas, a despesa com pensões, cuidados de saúde e cuidados prolongados aumentará 4 a 8% do PIB. Dado que a despesa total deverá triplicar até 2050, muitos países estão já à procura de soluções sustentáveis.
Fonte: Jornal Sol
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