O envelhecimento da população mundial vai aumentar rapidamente nos próximos vinte anos até atingir um pico em 2030, registando depois uma desaceleração no final do século, segundo um estudo publicado domingo na revista científica Nature.
A nível mundial, a proporção de pessoas com mais de 60 anos vai triplicar durante este século, passando de dez por cento no ano 2000 para 32 por cento em 2100.
Na Europa Ocidental, quase metade da população (46 por cento) terá mais de 60 anos no final do século, enquanto na China este grupo etário, que actualmente representa cerca de dez por cento da população, vai atingir os 42 por cento no mesmo período.
A progressão do envelhecimento regista diferentes graus nos diversos países, estando próximo de atingir um pico no Japão, enquanto na América do Norte, Europa, China e antiga União Soviética o nível mais elevado só deverá ser atingido entre 2020 e 2030. Na Ásia, sobretudo no sul do Continente, esta evolução começará em 2030, no Médio Oriente em 2040 e nos países da África sub-sahariana só deverá registar-se a meio do século.
Realizado por investigadores do Instituto Demográfico de Viena e da Universidade do Estado de Nova Iorque, o estudo salienta a importância destas estimativas para as políticas públicas a nível mundial, nomeadamente a nível da Saúde. «É muito importante que as instâncias de decisão públicas tenham em conta estas estatísticas», explica Warren Sanderson, co-autor da pesquisa.
Os autores do estudo recordam, no entanto, que as despesas de saúde atingem o nível mais elevado nos últimos anos de vida, pelo que actualmente se vive mais tempo e com melhor saúde.
Assim, no final do século, mais de um terço da população mundial terá mais de 60 anos, mas metade estará de boa saúde, conclui a pesquisa.
Retirado do Jornal Destak
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